Localizador apical odontologia: o comprimento de trabalho

A correta determinação do comprimento real de trabalho (CRT) é um fator importante para o sucesso do tratamento endodôntico. Devido a esta importância, inúmeros métodos têm sido sugeridos para mensuração do comprimento de trabalho, desde o método tátil digital, tomadas radiográficas, tomadas radiográficas acompanhadas de cálculos matemáticos, até os métodos eletrônicos.

Os métodos radiográficos apresentam alto índice de sucesso e baixo custo, mas as distorções na imagem, sobreposições de estruturas e, principalmente a não coincidência da saída foraminal com o ápice anatômico, levaram ao estudo de novos métodos. Esses estudos vão desde Sunada, em 1962, com o desenvolvimento do primeiro localizador apical eletrônico com índice de acerto satisfatório, porém com pouca confiabilidade – devido à incapacidade de leitura de canais úmidos, até os dias atuais, até os localizadores de terceira geração apresentados por Kobayashi e Suda, que calculam a razão da impedância entre duas frequências diferentes, garantindo a precisão na odontometria independente da condição pulpar, assim como na presença de exudato ou solução irrigadora.

Com base na dificuldade e importância da odontometria, e na precisão dos localizadores apicais eletrônicos de última geração, é prudente salientar a relevância desses aparelhos na obtenção do sucesso na terapia endodôntica.

Os localizadores foraminais podem ser utilizados em diversas situações na prática clínica, como nos tratamentos de dentes vitais e não vitais, e até nos casos de retratamentos. As contraindicações do uso desses aparelhos estão relacionadas aos dentes com rizogênese incompleta, na presença de restaurações metálicas e em pacientes com marca-passo.

Estudos recentes têm avaliado a precisão desses localizadores, indicando um índice de acerto superior a 95%, independentemente de solução irrigadora utilizada durante a instrumentação ou da presença de outros fluidos no interior canal. As leituras são mais consistentes quando efetuadas após o alargamento das porções cervical e média dos canais, e inconsistente frente à presença de polpa inflamada, canais calcificados, restaurações metálicas, grampo posicionado em tecido gengival.

O localizador apical é constituído por um visor com marcações numéricas em milímetros – de maneira decrescente – até o limite apical (“localizador apical apex locator”) e um cabo com duas extremidades, sendo uma alça labial e uma presilha porta lima, onde é colocada uma lima endodôntica.

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